segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O tratamento

Oi ... quem tiver ai do outro lado.
Desculpe o abandono.
Sabe como é né... quando mais temos tempo é ai que não fazemos nada.
Esses dias estou assim... meio borocochô...

Mas vamos lá.
De onde parei?
Ah sim, eu contava sobre a passagem dela pelo Incor.
Depois de diagnosticada, ela foi avaliada por um oncologistra do ICESP.
Após liberada a vaga no Instituto, ela foi transferida e já naquela semana iniciou o tratamento com a quimioterapia. Não me recordo exatamente as datas mas isso foi em Junho de 2011.

Essa foi uma das fases mais difíceis de todo o processo, pois após a quimio, caso o paciente não apresente nenhuma reação, ele recebe alta e tem que ceder lugar a outro paciente (como diria o Ao cubo: "Recebeu alta para ceder a vaga rara a outra senhora"

Do hospital ela seguiu para a casa de minha tia Dita. Como eu trabalho e a Ester tinha apenas 15 anos na época, a tia se ofereceu para cuidar da mãe no primeiro mês.

Só tenho a agradecer a Deus e à minha tia pela dedicação com que cuidou da mãe neste tempo. Foram 30 dias excepcionais.Sei o quanto foi difícil e só Deus poderá recompensá-la.

As sessões de quimioterapia era ciclos de 21. Funciona assim: uma vez por semana o paciente é submetido ao tratamento, por três semanas seguidas. E tem uma "folga" de uma semana. E assim por diante. A primeira quimio do ciclo é sempre a mais demorada, a mais forte, a mais mais, chegando a durar até 6 horas.

Assim foi a rotina da mãe até o mês de outubro quando os exames comprovaram que o tumor havia estabilizado. Essa foi uma boa e má notícia. Má pois esperamos sempre que haja uma redução. Mas por outro lado, como já contei aqui, a expectativa de vida dela havia sido reduzida a 4 meses. Uma mulher, não fumante, de 42 anos, com hábitos alimentares saudáveis. Então, para nós era sim uma grande vitória estar ali depois dos 4 meses e escutar que o tumor estabilizou. Para quem já passou por essa situação, direta ou indiretamente, sabe o quanto é uma luta sobreviver a cada dia, aos tratamentos, medicações, reações, tuda a bagagem que o câncer traz consigo. E como já tivemos uma situação não muito animadora na família a um tempo (um dia eu lhes conto), agradecíamos por não ter espalhado, por não ter aumentado, por tudo de bom que pudéssemos enchergar.

É, pode parecer que não, mas quando estamos em uma situação difícil, fica ainda mais difícil enxergar o lado bom de qualquer coisa. Aprendi isso. Existe sim, basta procurarmos. É o que estou tentando ensinar à mamys, pois, às vezes, ela fica meio tristinha. Também né, como não ficar. Nada nem ninguém pode saber o que se passa com ela. Sempre digo que não desejo a ninguém enfrentar o que estou passando, muito menos ainda no papel dela.

Enfim, após a "liberação" da quimio, ela seguiu o tratamento apenas acompanhando por meio de exames e tomando medicações comuns.



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