sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Porque se não eu ia explodir

Tem sido muito difícil essa fase depois da cirurgia. Não sei se comentei, mas estou na fase mais crítica. Tentei me manter forte todo o tempo, mas não deu. Minha mente está a 1000 a todo instante. Não tenho vontade de dormir e se durmo é apenas o corpo que desliga. A mente continua na ativa. Falo sobre a mãe, abraço meu esposo e choro. Tudo dormindo e sem lembrar de nada (a não ser o que o marido conta). No serviço também está difícil, pois não consigo manter o foco.

Nesses dias mais tensos descobri mais anjos que apenas me aguardavam para me proteger. 

Sempre tive receio quanto a psicólogos depois de uma experiência aos 13 anos. E sempre que converso com alguém que faz ou fez acompanhamento com algum profissional dessa área, a percepção que tenho é que são feitos em uma forma quando saem da faculdade. Sabe, parece que seguem um roteiro.

Mas... desde que conheci a Rute lá no ICESP e após mais de 2 horas de conversa, senti como se não fosse uma conversa com psicólogo.

Depois chegou a Lucilene (psicologia UTI - ICESP), sem palavras para descrever o carinho que sinto por ela. A forma como ela cuida da gente sem dizer um "A". Apenas escutando. 

E pra quem tinha aversão, hoje estou rodeada delas.

Tem a Mari, que é trabalha lá no RH do SBT. Ela não atua como psicóloga lá, mas sua formação faz com que tenha uma forma única de conduzir as situações.

Eu e a Vivi
 E por fim, a Vivi lá no NACE tem acolhido meus lamentos e tem me feito enxergar que o mundo é cheio de problemas e que não precisa que eu crie mais ainda na minha cabeça. Que sempre tem alguém com um problema igual ou pior que o nosso e as vezes nem imaginamos. 

É claro que a imensidão da dor que sentimos só nosso coração pode dimensionar. Mas é bom saber que não estamos sozinhos no b arco. 

Com todas elas eu aprendi que não tenho o poder de controlar o que acontece ao meu redor (por mais que adoraria ter esse poder). E nem tudo é minha responsabilidade.

Existe sim a parte profissional que está lá para analisar a origem dos rancores e sofrimentos. Mas essas meninas tem sido (peço licença pra dizer) minhas amigas. Podem não saber o bem que tem me feito.

Poder contar a alguem o que sufoca, e nem sempre pode ser alguém tão perto pois também está sofrendo. Ai vem Deus e coloca em minha vida. Anjas.... Baixas, altas, loiras, morenas... mas com o mesmo coração enorme. 

Que Deus possa recompensar a vocês cada palavra de conforto. Sei que não deve ser fácil ter que lidar com inúmeros problemas e ter sempre uma palavra de conforto. Mas penso eu que Deus lhes deu um DOM.

Por isso quero dizer muito obrigada meninas. Sem vocês eu iria explodir...

Marido, chefinha, maninha, My BFF Agata ... enfim, todos que tem sido meus psicólogos por um minuto que seja. Thank you. 

Vou ficando por aqui, com a certeza de que talvez não pelos caminhos mais fáceis, mas sou agraciada por ter tantas estrelas que me enchem de luz quando penso não haver mais dia.

Becitos 
Sara Ramos

Nenhum comentário:

Postar um comentário