Com previsão para iniciar as 21h, a cirurgia começou com atraso devido a imprevistos com integrantes da equipe.
Então, após as 00:00, já em 20/10/2012 lá estava ela, por mais de 3 horas, pela 3ª vez, na mesa de cirurgia para drenagem de derrame pericárcido.
Quando fui vê-la na visita da tarde, ela ainda estava meio grog devido aos sedativos.
Ela me contou que havia acabado de acordar - segundo ela as 15:40 - e que tudo que aconteceu com ela era como se fosse um filme (os enfermeiros, ela, tudo era personagens).
Conversamos um pouco. Contei para ela as novidades da pequena Emily, as mensagens de força que todos mandaram... tentei mostrar que eu estava ali. Afinal, ela não conseguia falar direito, pois estava com vários catéteres no pescoço, drenos ligados ao pulmão e coração, sem contar nas dores e no desconforto que tudo isso deve causar.
Mesmo grog ela lembrou que, por ter começado depois da meia-noite, a cirurgia foi no dia do aniversário da vó Felícia.
Mesmo grog ela lembrou que, por ter começado depois da meia-noite, a cirurgia foi no dia do aniversário da vó Felícia.
A média passou pelo leito, disse que a cirurgia correu sem complicação. Foram retirados 300 ml de líquido (na 1ª em março/2011 foram retirados 600 ml - fora o que sai pelos drenos enquanto está na UTI).
Tenho que fazer uma brincadeira: na minha opinião, ela renovou o contrato com o Coca-cola. Antes o combinado era uma garrafa de 600ml, agora a latinha de 300 ml.
Sempre faço uma piadinha para descontrair. E ainda tem gente que acredita, por exemplo, a Agata, quando eu disse que o líquido no S2 era porque a mãe tinha engolido muita água na natação, rs.
Voltando à realidade...
A cirurgia correu bem, o tempo dela na UTI dependerá de sua recuperação, uma vez que ainda está sob efeito de medicação para controle da pressão e dos batimentos cardíacos entre outros.
Assim que estabilizados ela seguirá para o quarto onde completará a recuperação.
Os drenosficarão até que esteja sendo drenados menos que 50 ml por dia.
No domingo fui vê-la a noite e grata foi minha surpresa ao ver que estava acompanhando seu tratamento a Drª Ismênia. Foi ela quem cuidou do pós-cirúrgico da mãe no Incor como já contei aqui.
Ela estava no leito da mãe quando cheguei e falei "Drª Ismênia... o que fazes aqui mulher?"
E ela respondeu: "Oh ela me reconheceu".
Como eu poderia esquecer? Na nossa mente fica gravado cada rosto que passa, pode ser que daqui a alguns anos eu não me lembre mais, mas como esquecer àqueles que nos fez bem, ou mesmo aqueles que marcaram de uma maneira negativa (esses eu procuro apagar). É natural do ser humano.
Sempre muito concorrido, os 60 minutos de visita foram reduzidos a 30 (aprendi que tem que pegar a senha para retirada do crachá pelo menos uns 20 min antes de iniciar o horário de visitas).
Nesse domingo a noite foi praticamente uma maratona de revesamento:
20:31 Sobe o pai e o tio Zezé
20:43 Substituição por Samuel e Graziella
20:55 Desce Graziella e sobe Sara
Não adianta discutir. Regras são para serem cumpridas.
São dois visitantes a subir, apenas 1 por vez no leito, e só sobe outro quando já tiver passado pela catraca do térreo algum do que subiu.
Imagine você, mais de 20 leitos. Se deixam subir todos ao mesmo tempo a UTI vira baderna.
Sem contar no risco de contaminação e outros fatores.
Como fui a última a subir cheguei bem na hora do chá. Ela havia jantado a pouco, mas incentivei-a a comer o bolinho de chocolate com o chá que tava danado de cheiroso.
As enfermeiras super atenciosas, ofereceu até cadeira para eu sentar. Já passava das 21h e meu pai estava esperando para voltarmos juntos (não é bom andar sozinha na região das Clínicas nesse horário).
Agradesci mas não aceitei. Por mais que eu queria passar horas ali com ela, nem que fosse apenas para segurar sua mão.
Essa é a Dona Ana que encontrei lá, quase 48h após a cirurgia:
Preciso falar:
Voltando à realidade...
A cirurgia correu bem, o tempo dela na UTI dependerá de sua recuperação, uma vez que ainda está sob efeito de medicação para controle da pressão e dos batimentos cardíacos entre outros.
Assim que estabilizados ela seguirá para o quarto onde completará a recuperação.
Os drenosficarão até que esteja sendo drenados menos que 50 ml por dia.
No domingo fui vê-la a noite e grata foi minha surpresa ao ver que estava acompanhando seu tratamento a Drª Ismênia. Foi ela quem cuidou do pós-cirúrgico da mãe no Incor como já contei aqui.
Ela estava no leito da mãe quando cheguei e falei "Drª Ismênia... o que fazes aqui mulher?"
E ela respondeu: "Oh ela me reconheceu".
Como eu poderia esquecer? Na nossa mente fica gravado cada rosto que passa, pode ser que daqui a alguns anos eu não me lembre mais, mas como esquecer àqueles que nos fez bem, ou mesmo aqueles que marcaram de uma maneira negativa (esses eu procuro apagar). É natural do ser humano.
Sempre muito concorrido, os 60 minutos de visita foram reduzidos a 30 (aprendi que tem que pegar a senha para retirada do crachá pelo menos uns 20 min antes de iniciar o horário de visitas).
Nesse domingo a noite foi praticamente uma maratona de revesamento:
20:31 Sobe o pai e o tio Zezé
20:43 Substituição por Samuel e Graziella
20:55 Desce Graziella e sobe Sara
Não adianta discutir. Regras são para serem cumpridas.
São dois visitantes a subir, apenas 1 por vez no leito, e só sobe outro quando já tiver passado pela catraca do térreo algum do que subiu.
Imagine você, mais de 20 leitos. Se deixam subir todos ao mesmo tempo a UTI vira baderna.
Sem contar no risco de contaminação e outros fatores.
Como fui a última a subir cheguei bem na hora do chá. Ela havia jantado a pouco, mas incentivei-a a comer o bolinho de chocolate com o chá que tava danado de cheiroso.
As enfermeiras super atenciosas, ofereceu até cadeira para eu sentar. Já passava das 21h e meu pai estava esperando para voltarmos juntos (não é bom andar sozinha na região das Clínicas nesse horário).
Agradesci mas não aceitei. Por mais que eu queria passar horas ali com ela, nem que fosse apenas para segurar sua mão.
Essa é a Dona Ana que encontrei lá, quase 48h após a cirurgia:
Preciso falar:
- Me assustei com a quantidade de saídas desse catéter
- Sim, esse aí em cima é o "computador" que manda os remedinhos para a mãe (alguns de hora em hora) - ainda bem né, já pensou o trabalhão que os enfermeiros teriam?
- Amei esse desenho... cada monitor tem um.
- Os drenos do pulmão e coração (já me são tão familiar)
E você? Já viu uma paciente em pós-operatório na UTI tão bonita e sorridente assim?
Faz um sucesso onde passa. O hospital para. Sério mesmo. No Emílio Ribas ela ainda contava com uma vasta cabeleira e as enfermeiras faziam questão de penteá-la e fazer trança enquanto estava na UTI.
Não perde a vaidade nem mesmo na UTI. Não que ela seja vaidoooosa. Mas depois que cairam os cabelos, não vive sem um lápis na "sobrancelha" (feio né, mas este é o jeito correto de se falar).
Ela não havia percebido ainda que desde a cirurgia não tinha retocado. E como não podia ficar nenhum pertence com ela... vá logo dizendo pra Ester trazer meu lápis viu...
Essa é minha mãe.
A guerreira que nunca - ou quase nunca - se abate.
Esse foi o sábado e o domingo da Dona Ana.
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